Thursday, November 02, 2006

Insónias... (versão Facada)

E quando o problema não é necessariamente a falta de sono, mas o "medo" de estar sozinha com os próprios pensamentos?! Ah... pensar... pensar... Mas pensar em quê? Na vida, no quotidiano, nas situações que nos acontecem, nas pessoas...
E, pensar, ultimamente tornou-se algo problemático, uma espécie de bola de neve, enrolada, gigante e crecente com o passar dos dias, das horas, dos minutos dos segundos... aqueles pensamentos que mesmo na hora de dormir e com o João Pestana ali ao lado voltam para nos assombrar a mente e adiar o fechar dos olhos por mais uns momentos...
Portanto, se a Ranheta tem insónias, não consegue dormir e daí advém uma torrente de ideias de como foram as coisas ou como deviam ter sido, o meu caso é diferente, não é uma questão de insónias (até porque voltei a deixar de beber tanto café), mas o que, eventualmente as provoca...
A antecipação do sono, o vazio escuro do quarto, o tic tac do relógio... mais uma volta na cama, talvez virada para este lado consiga dormir, é tudo uma questão de posição... não... aquela maldita recordação daquele dia... escondo a cabeça debaixo da almofada... aquela conversa da semana passada... ok... chega! Saio da cama, aqueço uma caneca de Ciobar (chocolate para pôr no leite que trouxe de Itália comigo, para aqueles momentos mais lonely), talvez um pouco de televisão me faça esquecer o ultimamente... volto para cama, comigo volta aquela frase que devia ter dito naquela situação, adormeço e acordo feliz, pensando que entretanto já é de manhã e as distrações do dia-a-dia vão voltar... oh não, só passaram 10 minutos, mas porque não recebo respostas das minhas candidaturas?! Os pensamentos voltam e com eles as insónias...
Ai realmente a vida às vezes grinda conosco e, se durante o dia, sempre se consegue esconder aquela ansiedade, frustação, aquela tristeza ou saudade num sorriso, numa piada de ocasião... a noite volta sempre (e cada vez mais cedo) e com ela a cama vazia, que nestas alturas mais parece um aparelho de tortura medieval, fica ali imóvel, só à espera de mim e dos pensamentos que me percorrem a mente, afastando o sono e a vontade de dormir...
Apesar de tudo, o derradeiro pensamento é sempre o mesmo, melhores dias virão... (quanto mais depressa, melhor!)

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