Monday, October 23, 2006

Estados de espírito...

Navegando pela blogoesfera fui dar, sem saber bem como, ao blog de uma querida amiga... que está tão longe, mas sempre tão perto (estás cá e tu sabes!), lendo os vários posts, deparei-me com um que mexeu particularmente contigo. Continha uma pequena parte de uma letra de uma canção (bem portuguesa) de António Variações e que eu vos exponho já de seguida, como aperitivo deste post.

It goes something like this...

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem, quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci

Esta insatisfação
Nao consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou

(eliminei algumas repetições para o post não ficar tão comprido...)

E como se a letra da canção não dissesse já tudo, passo a explicar. É uma sensação pequena, muito pequenina... grande, gigante... uma permanente insatisfação pelo que a vida nos dá e tira, todos os dias. Porquê?! Porque somos meros peões numa realidade que nos ultrapassa (usando uma caixa de cinco velocidades...), algo maior que nunca vamos compreender e que, umas vezes faz sentido, outras não. Esses dias são "grindosos"...
Se, quando acordas de manhã, não entendes o propósito da existência vai ser um longoooo dia, vai ser uma longaaaa vida... de incertezas, buscas infruteríferas, desgostos e desilusões... afinal, a relva parece sempre mais verde no quintal do vizinho!

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